domingo, 4 de março de 2012

A Primavera de Vera.

As borboletas coloriam o jardim,
os pássaros cantavam feito um clarim.
Ela sorria, e sei que não era pra mim.

Primeiro primavera para Vera,
a minha vinha depois
tudo que quisera ser, já era
afinal não tinha pressa, pois…

Vera sempre aos dentes mostrar,
o rapaz sempre a pegando para rodopiar.
Ela, feito aspirante a bailarina
enquanto eu, desejava um pouco daquela morfina.

Aparentava uma adorável diversão,
poderia dizer ‘sim’ ou ‘não’.
Um incrível forma de colorir
que nada sabia de luzir.

Vera, ó pobre Vera!
Confesso que eu a invejava
mostrava o brilho da primavera,
mas agora sei da dor que carregava.

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