quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sem remetente, sem sentimento,


Seu sacrifício
É mais fácil [e mais meu] do que parece.
Os sonhos de verão
Devem dançar na aurora da primavera.
E tu, terás de envolver-se nos braços
De bela fera.
Os ventos que vem do leste devem passar
As folhas secas de árvores velhas
Devem encontrar ao chão.
Teu martírio há de passar ao encontrar
Algo caído, murcho, desfeito…
Tu [eu, nós] hás de buscar uma forma singela
Para dissimular e, ao mesmo tempo,
Acalentar vosso desespero.
E eu [assim na solidão] devo acalmar
O que de mais aflito tenho.
Feche os olhos, querido.
Sinta essa doce brisa acetinada
Que tenta tocar-te a alma.
Permita-se, ao menos uma vez.
E veja, sem medo, angústia ou temor:
Seu sacrifício sou eu.

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