quarta-feira, 6 de junho de 2012

Divina Luxúria.


Sempre hão haver dois, três, quatro ou mil motivos para não mais voltar a cometer antigos “erros”. Erros tais que só são errados aos olhos alheios e à minha própria consciência. Consciência esta que se resume a nada, quando resolve entrar numa disputa com os danados sentimentos. Mas lembre-se: sentimentos nem sempre tem algo haver com amor, ódio ou plenitude. Há o desejo, que faz tudo se confundir. Talvez seja amor, talvez seja reparo… mas e se for apenas desejo? Ah! E render-se ao quiproquó da luxúria; satisfazer ao corpo, enquanto a alma estás jogada ao relento. E se ousasse cuidar da alma, ao invés do corpo? E se decidisse usar outro sentimento? E se decidisse desistir do que inevitavelmente findará como angústia (se já não a é)? E se largasse dessa mania boba de criar hipótese para tudo? Questionamentos finitos para sentimentos infindos. Pessoas medíocres para danças majestosas. Coitados equívocos desejando que abraços sejam contratos. Arrebatador e latente descobrir quanta beleza a simplicidade pode refugiar. Triste e insano descobrir que paredes, convertidas em relicários, trancafiam pecados.

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