Não perde agora, Maria.
Sei que já se perdeu,
mas não perde.
Vão ser lágrimas, lenços.
Vão ser quedas, abraços.
Ser qualquer coisa, mas vão ser, Maria.
E tu há de ouvir às lâminas inconstantes
que ora fazem bem, ora fazem mal.
Tu há de ouvi-las embasadas a tua gana, Maria.
Tais como borboletas, que pouco duram
hão de ser tuas prévias da felicidade.
E sei que vais me perdoar pela indiscrição…
Mas informar-lhe-ei:
talvez o que tanto queres ouvir,
não venha de quem tanto quer ouvir, Maria.
Mas não perde.
Não perde a fé e o desejo, Maria.
Que o teu destino é traçado pelas tuas mãos.
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