sábado, 26 de maio de 2012

Dança da Tolice.

A verdade, por mais que me doa dizê-la, é uma só:
sempre te quis de volta.
Talvez até quando ainda te tinha (se é que tinha).
Um dia sem tuas palavras pouco sabidas
e eu já sabia que te queria de volta.
De volta nas minhas madrugadas repletas de leite, livros e solidão.

Uma semana de viagem sem aviso prévio
e eu te quis de volta, mesmo achando que não mais me querias.

Errei, enlouqueci, talvez… Mas não foi culpa minha.
Tampouco tua.
Não que precisemos de um culpado,
mas o destino é sempre uma boa opção.

Trinta meros minutos de silêncio
e eu já te queria de volta.
E eu sempre te quis de volta,
mesmo antes de saber para onde deverias voltar…

Um instante de distração em rosto ou fala alheia
e eu te queria de volta.
E eu te quis, sempre à minha volta.

Mas sei que tu não és de realizar desejos alheios
e é assim, na interminável teimosia do teu egoísmo clichê,
que insanamente eu sempre te quero de volta.

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